segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Você tem um cachet mínimo para sair de casa, independentemente do som que role?

Nossa, tinha esquecido disso aqui... e dos anônimos tbém...
Não tenho cachet mínimo... cada situação é uma história... tem que ter bom senso e pesar tudo...

Abs

Qualé a dúvida???

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mídia [2]



Esse mês, exatamente no dia 17, foi ao ar uma matéria sobre o Movimento Elefantes no Programa
Starte da Globo News. Lá pelo comecinho de Maio, a Nanny Gotardi, que faz assessoria de imprensa para o ME, me ligou avisando que o pessoal da Globo News tinha entrado em contato com ela porquê queriam fazer uma matéria sobre "Os Elefantes"; e me perguntou quando a Reteté ia se apresentar. Naquele mês nós tocamos numa segunda, dia 24, no Teatro da Vila, mas não ia dar pra equipe gravar esse dia. Então sugeri pra ela deles irem num ensaio nosso e todos concordaram. No dia 17 de Maio, a repórter Elisabeth Pacheco mais sua equipe foram ao ensaio da Reteté Big Band no estúdio Loop, situado na Vila Madalena aqui em Sampa. Num clima super descontraído, ela gravou a abertura do programa com a gente e o cameraman nos filmou tocando um tema meu, "Remembering Pastels", que porventura tinha levado pela primeira vez pra ensaiar. Depois de gravar esses takes, eu fui sozinho num corredor lateral do estúdio gravar a entrevista. Confesso que estava apreensivo. Não estou acostumado com essas coisas.
Bom, ela fez muitas perguntas, do tipo: como a banda começou, quem escreve os arranjos, que teve a idéia de ajuntar a galera, como vocês entraram no Movimento Elefantes. Enfim, até aí eu acho que estava indo bem. Daí ela começou a entrar num papo de misturar
jazz com gospel que eu fiquei meio receoso. Tive a sensação dela querer definir, ou de achar mesmo, que a Reteté era uma banda gospel devido ao começo na igreja e etc. Bom, pra deixar bem claro: Não somos uma banda gospel ou evangélica! Continuando, eu meio que tentei fugir do assunto até que surgiu a seguinte pergunta: "O quê que é gospel, afinal?" - Putz, essa pergunta me pegou de calças curtas! Respondi pensando, "isso não deve ir pro ar". Só te digo uma coisa: Foi à partir dessa resposta que aparece eu falando na matéria.
Agora vocês vêem aí e confiram as "nhacas" que eu disse!
Mas tem coisas muito bacanas dos outros caras falando. Vinicius Pereira, Rubinho Antunes, Maestro Branco e Rui Barossi. E além do mais, o Movimento Elefantes está de parabéns pelo fato de falar sobre música num canal massificado como esse!

Assista aqui a matéria.


Abraços

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Revolta!!!


Vou contar uma historinha verídica.
Certa cantora veio do interior e começou batalhar sua vida aqui na Capital. Vivia em um bar famoso da cidade junto com seu esposo, à espera de ser chamada pra dar canja no final do som e assim começar a ganhar seu espaço. Tanto que ela fez, começou a cantar em um outro bar famoso da cidade, sendo acompanhada e orientada por experientes músicos. Por cantar nesse famoso bar, logo começaram os eventos por fora, pois ali no bar era uma ótima vitrine pra ela.
Aí que eu entro na parada. De canjas "aqui e ali", fazendo "subs" pro seu baixista na época e etc; comecei eu a acompanhá-la nos eventos que apareciam pra ela. Ela ficou muito confiante na minha pessoa e pediu pra eu armar os músicos nos eventos. Chamei os amigos, pianista e baterista, em especial o baterista, que é meu parceiro. Enfim, ficamos um bom tempo trabalhando com essa cantora. Coquetéis, eventos, premiações. Todo esse tipo de "fundo musical" eu fiz com ela porquê pagava minhas contas. Logo em seguida ela foi convidada a "atacar" numa outra casa, um fino restaurante na cidade. Ela me convidou pra tocar também, juntamente com outro pianista e um saxofonista, também amigos. Fiquei duas semanas nessa casa com ela e outros músicos, mas saí porquê ainda trabalhava no Mancini e não tinha como conciliar os dois trabalhos. Chamei um outro amigo pra ficar no meu lugar, amigo de longa data. Esse trabalho também durou bastante. Então a cantora fazia eventos por fora comigo e a banda que tinha armado, cantava no famoso bar da cidade e no fino restaurante, com meu amigo que entrou no meu lugar ao contrabaixo. A cantora resolveu gravar um disco. Ela ajuntou com um amigo dela, parceiro de composições, e gravou um disco inteirinho com composições deles e uma regravação. Com um disco pronto, ela precisava decidir se lançara independente ou com uma gravadora. Esperta que só, conseguiu fechar contrato com uma grande gravadora. Bom, ela saiu do bar, do restaurante e fizemos nosso último trabalho.

Legal Thiago, mas e aí?


E aí que estou muito revoltado porquê semana passada meu amigo baterista (que eu convidei pra fazer os eventos e coquetéis) e meu amigo baixista (que entrou no meu lugar no restaurante fino), gravaram um famoso programa de TV, onde eles estavam na banda de apoio que ia acompanhar vários artistas, dentre eles, a cantorinha da história acima.
No ensaio que rolou pra gravação, ela foi uma das últimas artistas do dia, e quando ela chegou comprimentou um por um. Chegou no baterista e disse: "Prazer, FULANA". Chegou no baixista e disse: "Prazer, FULANA". E como esse meu amigo baixista é muito educado, ele ainda mandou na maior finesse: "Prazer, CICLANO". Acho que nem preciso dizer mais nada né!!! Como pode? como pode?

Abraços

quinta-feira, 22 de julho de 2010

1 Aninho


É, já se foi um ano que resolvi criar esse blog. Na verdade o dia exato foi 6 de Julho de 2010, mas só agora que me lembrei!
Olha, curti bastante esse período. Recebi e-mails de pessoas que se identificaram comigo quando leram os posts, vi ótimos comentários aqui (que estão registrados nos próprios textos), e meus amigos e colegas me deram a maior força com palavras de incentivo. Enfim, o "Blognight" foi bom pra mim e acho que fez bem pra algumas pessoas. Peço desculpas pela má escrita, prometo ser mais cuidadoso, e caso alguém se ofendeu ou não concordou com alguma coisa, também peço desculpas. Nem Cristo agradou à todos.
Bom, que venham mais anos e anos!

Abraços

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os mais velhos


Hoje, madrugada de terça-feira, 13 de Julho de 2010. Acabo de receber a notícia da morte do saxofonista e clarinetista Paulo Moura, que conheci muito rapidamente na Rua Avanhadava uns quatro anos atrás. Acho que ele estava saindo do restaurante Gigeto e eu estava ali na rua, no intervalo de alguma entrada do Mancini. Ele passou por nós e nos comprimentou. Essa foi a única vez que vi o Paulo Moura de perto. Mas adorava os solos dele no disco "Edison Machado É Samba Novo" do baterista Edison Machado. Um som que eu ouvi muito.

Bom, estou eu à pensar nos músicos mais velhos. Graças a Deus eu sempre me dei bem com a maioria deles. "Classificando" aqui os músicos mais velhos aqueles que tem mais de 50 anos, o dobro de minha idade, tive o prazer de estudar com Itamar Collaço, Roberto Sion, Gabriel Bahlis; estudar e tocar com Bob Wyatt, Hector Costita, William Caram, Ary Piassarolo; e trabalhar com, (agora segura), Baurú, Jericó, Faninho, Rudi Germano, Jorginho Saavedra, Zé Luiz Mazziotti, Claudete Soares, Alaíde Costa, Dominguinhos, Heraldo do Monte, Arismar do Espírito Santo, Maurício Einhorn, Jane Duboc, Magno Bissoli, Elza Soares, Zé Catarina, Roberto Sá, Nilza Maria, Filó Machado, Zinho Daloia, Sara Chretien, Dave Gordon, Mutinho, Jair Rodrigues, Moacir Zwarg, Mário Edison, Wilson "Borceto", Fernando Mota, Luiz Chuim, João Paulo Meinberg, Vitor Campbell, Guilherme Franco, Juarez Santana, Marquinhos Sabonete, Nilson Alcântara, Clóvis Corrêa, Carlos Alberto Alcântara, Evaldo Soares e Luiz Mello. Da turma dos baixistas, tive bastante contato com Sabá, Ipojucan Zwarg, Carcará, Evaldo Guedes, Karlaum Bonitátibus, Milton Félix, Zerró Santos e Lito Robledo. Quase um trabalho de arqueologia! E devo ter me esquecido de muita gente.
O pouco que eu sei se deve muito à essas pessoas, pois a época que eles viveram e as experiências que eles tiveram foram muito ricas, e eu sempre admirei e respeitei muito isso. Uma história muito bacana é a que o Luiz Mello e o Zinho Daloia me contaram quando eles souberam que o meu contrabaixo era do falecido baixista Arnaldo Haikel. Eles me disseram que os três, Luiz, Zinho e Arnaldo, trabalhavam numa casa noturna aqui antigamente, e certo dia o Ray Brown apareceu nessa casa e deu canja no meu atual contrabaixo! Olha só que coisa linda. Um dos baixistas que eu mais admiro veio a São Paulo e deu canja no instrumento que eu tenho hoje. Eu daria quase tudo pra entrar num "túnel do tempo" e voltar nesse dia. Essa geração trabalhou demais, viu cada coisa "ao vivo" que eu fico louco só de imaginar. Fora a elegância, o repertório desses músicos e cantores que eu citei.
Agradeço a Deus pela oportunidade que eu tive de tocar com essas pessoas e de ainda estar tocando e convivendo com algumas delas. Vivo aprendendo sempre! Espero, num futuro distante, ajudar de alguma forma os músicos mais novos que irão surgir, levando o "espírito musical" desses caras.

Abraços

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Saudades


Domingo que vem, 4 de Julho de 2010, vão fazer 9 anos que eu entrei no Teatro da Escola Caetano de Campos pro primeiro ensaio da Orquestra Jovem Tom Jobim, que até então não existia e estreou oficialmente no dia 21 de Julho de 2001 em Campos do Jordão, em um concerto com a cantora Elza Soares. Me lembro direitinho. Cheguei no teatro, comprimentei o Roberto Sion (regente da orquestra) e os conhecidos, subi no palco, sentei na cadeira do contrabaixo elétrico, liguei o instrumento e abri a pasta que estava na estante de partitura. Lá estava a música "Suite dos Pescadores" (Dorival Caymmi - arr: Nelson Ayres e Roberto Sion). Tenho lembranças do som dos primeiros acordes da orquestra até hoje. O salário que eu recebia era de R$151,00 (salário mínimo da época), e eu estava tão feliz por fazer parte da orquestra que eu contava pra todo mundo essa novidade em minha vida. Tinha apenas 16 anos e não tinha a menor ideia de quanto essa experiência fosse me ajudar na minha formação musical, pois a partir dali que eu comecei a ouvir discos de jazz e música brasileira, praticar bastante leitura musical e se portar profissionalmente com outros colegas. Que saudades eu tenho dessa época. Se pudesse, voltava no tempo e fazia tudo com mais afinco ainda, aproveitando muito mais. Mas como não tenho esse poder, vou seguindo meu caminho em frente. Aos meninos e meninas que atualmente tocam lá na Orquestra Jovem Tom Jobim, aproveitem ao máximo essa experiência, estejam sempre dispostos nos ensaios e pesquisem a obra de cada convidado da orquestra.

Abraços

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mídia


Faz tempo que não apareço por aqui... deixe-me retirar o pó que se instala nesse lugar!!! hehe

Bom, ando na correria danada, graças a Deus! Mas vim aqui para publicar uma Matéria do repórter Roger Marzochi sobre a Reteté Big Band.

Segunda-feira passada, 24 de Maio de 2010, estava eu tocando no Teatro da Vila com a Reteté Big Band e via que da metade do show em diante tinha um rapaz fotografando a banda com uma certa euforia. Achei engraçado, mas nem liguei muito. Após o show, eu colocando meu contrabaixo na capa, veio um cara falar comigo, era o Roger Marzochi, o mesmo da fotos, repórter da Agência Estado, perguntando o porquê o nome da big band ser "Reteté", pois ele tinha pesquisado na internet e segundo alguns pastores, tratava-se de um termo pejorativo. A curiosidade com o nome fez ele vir até ao Teatro da Vila nos assistir, pois ele recebe a programação do Movimento Elefantes. Eu o perguntei se ele era do meio cristão ou evangélico, e ele me respondera ser um espírita não praticante. Então eu expliquei a história todinha a ele, que estava com um gravador, e entendeu perfeitamente e fez essa matéria que vou postar logo abaixo, que está em vários sites da internet bombando! A foto lá do começo é do Roger também.

Deixo aqui meus agradecimentos e meus parabéns ao Roger por esse texto.


Abraços


Reteté Big Band leva ao palco a fé na música


ROGER MARZOCHI - Agência Estado

No meio do culto, os evangélicos entoam hinos e, de repente, alguns são tomados por um forte frenesi: dançam, pulam, fazem "aviãozinho", começam a falar em "línguas estranhas". Esse momento recebeu a gíria de "reteté" e, até entre os crentes, há a polêmica sobre o que provoca esse "transe". Para alguns, é o fogo do Espírito Santo que tomou conta da pessoa; para outros, é um momento "carnal" em que o fiel extravasa sua emoção. Já para a Reteté Big Band, esse é um momento de fé na música brasileira e no jazz.

"A música é uma religião. Aqui (no palco), a gente está louvando a Deus, mas não está na igreja", explica Thiago Alves, 25 anos, baixista e líder da big band que conta com um total de 16 músicos. "A música toca diretamente na alma, no coração. Não tem uma letra, mas notas musicais", diz, após apresentação no Teatro da Vila, na Vila Madalena, na última segunda-feira (24).

A banda faz parte do Movimento Elefantes, criado no início do ano passado com a ideia de formar público para a música instrumental e impulsionar a carreira de seus músicos. O movimento conta hoje com dez big bands e, em junho, lançará um disco de cada banda por mês. As influências desses músicos vão desde o jazz americano à música brasileira, com as composições do maestro Moacir Santos como um dos principais expoentes do movimento. E, claro, muitas composições próprias.

Origens

A Reteté ganhou esse nome, explica Alves, porque o primeiro contato com a música de 90% dos integrantes da banda se deu em igrejas evangélicas, principalmente na Assembleia de Deus. "A gente aprendeu a tocar música na igreja", lembra o líder da banda. Quando eles já estudavam música na então Universidade Livre de Música (ULM), agora Escola de Música do Estado de São Paulo - Tom Jobim (Emesp), o contrabaixista decidiu reunir os amigos para tocar no aniversário de um pastor muito querido.

"Reunimos um ''gato'' pingado para tocar no culto em comemoração ao aniversário do pastor Pedro Isaias, gente finíssima. E, em 2006, formamos a Reteté para tocar nas igrejas. Mas isso durou só um ano e meio, desistimos. Igreja é bom até certo ponto, depois, começa a te podar. Porque não vê a música como arte." Mas, algumas igrejas evangélicas, ainda aceitam a música da banda.

A banda já toca oito composições próprias e prova que, a música pode até ser um louvor à Deus, mas não precisa ser um hino. "Remember Pastel" (Relembrando o Pastel), por exemplo, nasceu após Alves comer um pastel do "All of Jazz", casa de jazz na Vila Olímpia. "Eu sempre como aquele pastel depois da apresentação, e fico lembrando dele a semana inteira. Dá uma azia danada (risos). Numa dessas noites com o estômago revirado, a música veio. Cantei a música no celular e, no dia seguinte, transcrevi e fiz um arranjo para big band." A música estará numa coletânea que será lançada também no próximo mês com as músicas de todas as bandas do Movimento Elefante.

Apesar dessa relação sagrada da criação musical, a banda não ganha ainda nada em suas apresentações. E, além disso, ainda corre o risco de pagar para trabalhar. No final do show da segunda-feira, enquanto os músicos guardavam os instrumentos, o rapaz da organização do teatro subiu esbaforido ao palco. "Um cara do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) veio aqui. Quer ver as partituras das músicas que vocês tocaram, para ver se as músicas são todas da banda", diz, entregando um documento ao líder Thiago Alves, que não frequenta mais o culto da igreja, mas mantém sua fé.

Se soubesse que, minutos antes, quatro trompetes, três trombones, cinco saxofones, uma tuba, uma guitarra, um contrabaixo acústico e uma bateria estavam em completo frenesi, falando outras línguas, o fiscal do Ecad entenderia porque algumas igrejas realmente merecem ser isentas de impostos.