segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meu Lagostão

Hoje, 31 de Agosto de 2009, faz cinco anos que comprei meu primeiro contrabaixo acústico. Naquela época eu estava no meu segundo mês trabalhando na pizzaria do Mancini. Lá tinha e tem dois contrabaixos chineses reformados pelo luthier Paulo Gomes e como eu tocava nesses instrumentos, resolvi comprar um também. Fui ao atelier do Paulo Gomes, experimentei uns instrumentos (não adiantou muita coisa porquê não entendia nada), escolhi um baixo lá, acertei a forma de pagamento e voltei pra casa pra pegar os cheques com minha mãe e pedir pro Ueslei, cunhado de uma das minhas tias e que trabalhava na tapeçaria do meu tio bem próximo de casa, que me desse uma carona pra buscar o contrabaixo, pois ainda não tinha carro. Fomos ao atelier e peguei meu primeiro contrabaixo acústico. Era um chines reformado que logo apelidei de "Lagostão". O baixo era meio limitado e eu muito inexperiente. Talvez hoje aproveitasse melhor o instrumento, mas enfim, o "Lagostão" me ajudou muito. Fiz várias gravações com ele e boa parte do período de um ano e meio que toquei na Soundscape Big Band Jazz, também foi com ele. Há uns três anos atrás vendi o contrabaixo pro filho do pianista Evaldo Soares, pois na época apareceu um contrabaixo um pouco melhor pra eu comprar. Toda vez que vou na casa do Evaldo, vejo o "Lagostão" lá e sinto saudade aliado ao sentimento de felicidade, pois graças a Deus hoje tenho um instrumento um pouquinho melhor.

Muitas pessoas me incentivaram a tocar contraixo acústico, mas quero aqui registrar meus agradecimentos a duas pessoas em especial. Primeiramente ao saxofonista Carlos Alberto Alcântara (Charles), que, quando eu tinha 18 anos e fui tocar pela primeira vez na Soundscape Big Band Jazz substituindo o Alberto Luccas, me deu uma bronca por ter tocado com o contrabaixo elétrico. "Olha Moleque, esse som aqui tem que ser de rabecão! Nada de eletrônico aqui! Trate de arrumar um". Naquele dia eu levei um choque e vi que o acústico tinha de ser meu caminho. E também ao contrabaixista Lito Robledo, que me contratou pra tocar no Mancini e a partir daí pude ter condições financeiras pra comprar meu primeiro contrabaixo, fora os conselhos, apoio moral, discos, DVDs e etc.
Muito obrigado Charles e Lito!

Abraços

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Na Correria


Ando sumido, faz tempo que não posto nada por aqui, mas vou explicar. Esses tempos ando muito ocupado. Estou me preparando pro musical "Avenida Q", onde vou ser o contrabaixista substituto, então tenho que ir em ensaios e espetáculos, fora os estudos em casa, pois o musical é difícil. Também estou ensaiando com o cantor Diogo Poças, que acabou de lançar seu primeiro disco pela gravadora Warner Music, pros shows que acontecerão nesses próximos dias. Estou escrevendo uma arranjo de uma música minha pra Reteté Big Band, que também está ensaiando semanalmente fora as apresentações do Movimento Elefantes, que me consome um tempo danado, pois ainda não tenho os macetes de um arranjador. Tudo isso sem contar os sons, eventos, fila em bancos, namorada, etc...
Bom, graças a Deus que ando nessa correria né! Quando tiver um tempinho mais tranquilo, volto a postar minhas maluquices por aqui!

Abraços

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Aprontando novamente!




Estou animado! Estou voltando a escrever arranjos! Bom, tudo começou na igreja. Lá pro anos 1999, 2000, eu já tinha uma pequena noção de teoria e harmonia, mas muito pouco mesmo e, na igreja onde frequentava tinha uns músicos que tocavam instrumentos de sopro. Normalmente eles tocavam os arranjos do maestro João Quirante, conhecidos como arranjos do "Harpão Azul", ou tocavam uns arranjos avulsos no estilo dobrado marcial, também chamados de arranjos da "Pasta Preta". Naquela época eu já tocava em big band, tinha feito festivais em Campos do Jordão, já tinha tocado em outros lugares, outras igrejas. Tinha umas idéias diferentes de arranjos e queria passar essas idéias pros hinos da igreja. Fui à procura de informações, tais como tessitura, transposição, instrumentação, etc... Na verdade não consegui muitas coisa, mas comecei a escrever pra banda de sopros da igreja assim mesmo. Os primeiros arranjos foram uma tragédia. Nada soava. Era um som pavoroso. Levei umas broncas dos músicos mais antigos. do tipo: "você não pode mexer na melodia original!", "você não pode fazer arranjo sem a melodia, senão as pessoas não conseguem cantar!" ou "esse tipo de arranjo não combina com a gente". Tentei escrever mais arranjos pra banda, mas nunca davam certos. Teve um ou dois que acabaram sendo executados, mas na verdade acabei desistindo e foquei meus arranjos na sessão rítmica da igreja, com mais um ou dois instrumentos de sopro no máximo. Fiquei sem escrever pra metais praticamente desde 2002 e, no começo desse ano, na temporada com o
Paulo Malheiros Noneto no Bar New Jazz, me animei em escrever novamente. Tive umas conversas-aulas com o pianista Evaldo Soares, fucei um pouco ali e aqui, fui avisando os músicos que estava escrevendo algo e pedindo pra terem paciência comigo, instalei o Finale no meu PC e fiz um arranjo de uma música minha chamada "Do Contra" pro Paulo Malheiros Noneto. Os músicos de sopros do PMN gostaram do arranjo, me incentivaram e me incentivam a escrever mais. Acabei fazendo outro arranjo, de uma música do Dizzy Gillespie chamada "Con Alma", que vou postar aqui pra quem quiser ver e ouvir. Há poucas semanas escrevi um outro arranjo de uma outra música minha, pro Septeto S.A. que toca todas as segundas no Bar São Cristovão. Enfim, agora me animei mesmo e já estou escrevendo pra Reteté Big Band. Estou ansioso pra ver como vai ficar. Não me considero um arranjador, pois tenho muito que estudar e aprender. Ainda cometo muitos erros de orquestração e sou muito lento pra fazer um arranjo, mas devagarzinho vou chegando lá.



Abraços

sábado, 1 de agosto de 2009

Movimento Elefantes


Quero lhes falar do Movimento Elefantes. O baixista Vinicius Pereira, líder do Projeto Coisa Fina, uma banda que foi montada pra homenagear o músico Moacir Santos, fez uma viagem a Venezuela e lá ele viu seis grandes grupos trabalhando juntos coletivamente fazendo o maior sucesso. Ele gostou da idéia e resolveu "trazê-la" pra cá. No começo do ano fui tocar com o Michel Leme no Studio SP e a primeira banda que havia tocado no palco era o Projeto Coisa Fina. Lá no Studio SP, encontrei o Vinicius, que já conhecia dos bastidores musicais da cidade e ele veio me perguntar sobre a Reteté Big Band, se eu mesmo era um dos "cabeças" e nesse papo, ele me contou sobre sua viagem a Venezuela e perguntou se eu não achava interessante fazer isso aqui. Na hora acatei a idéia dele. A coisa foi andando, andando, e em poucos meses o Movimento Elefantes estava criado. Participam do ME as bandas: Projeto Coisa Fina, Reteté Big Band, Banda Urbana, Comboio, Jazzco, Big da Santa Marcelina, Projeto Meretrio², Heartbreakers e Soundscape Big Band Jazz. A idéia de juntar essas bandas é de divulgar essa formação grande de big bands, por isso o nome Elefantes, além de fechar apresentações em bares, teatros, seja onde for. Com nove grupos unidos fica mais fácil de entrar no circuito cultural pra mostrarmos o som das big bands. Estou aprendendo muito com o Vinicius e toda galera do ME. Nunca fui uma pessoa muito organizada e com os sons que eu participo, menos ainda. Isso é interessante, pois além da divulgação e apresentações, o ME tem me ensinado a organizar e batalhar pelo som através de outros meios como imprensa, material gráfico, diálogo com os colegas e gravações. Logo deve sair o DVD do Movimento Elefantes, que gravamos há uns meses atrás. Vai ficar muito bom.

Esse mês o Movimento Elefantes está bombando! Saiu uma nota na Veja SP e postarei logo abaixo o cartaz com a agenda desse mês.

Clique na imagem para melhor visualização.



Abraços